domingo, 26 de agosto de 2007

A cidade Pós-Futurista

O filme "O caçador de andróides", que tem um aspecto ‘Pós-Futurismo’, consta com ambientes futuristas diversificados, com altas torres, onde veículos aéreos possuem acesso, por baixo das torres se encontram ruas decadentes e sujas, demonstrando o descaso das metrópoles. A cidade pós-futurista representa a postura pós-moderna criticando o esgotamento das cidades planejadas. O filme retrata uma história policial e com algumas cenas românticas com um enredo bem resolvido.

A fotografia e os efeitos de luzes são outros aspectos que se mostram com destaque no filme, mesmo que este não tenha adquirido equipamentos de alta tecnologia na sua execução. Outro aspecto que chama atenção no filme é a trilha sonora muito bem escolhida, com a utilização de instrumentos eletrônicos de execelente qualidade.

As imagens que iniciam o filme retratam as cidades com grandes proporções, mostrando os anseios do movimento da era das máquinas. Segundo Kollhaas: "A vida nos edifícios das grandes cidades devem assumir sua multiplicidade de funções, dentro da percepção da organização e planejamento, característicos das gerações de arquitetos modernos."


O filme tem algumas características parecidas com os pensamentos apresentados pelo grupo Archigram, na qual, transformou as grandes megalópoles, com suas altas torres que se distanciam das cidades que se encontram nas superfícies com melhores condições de vida e com altas tecnologias, diferenciando com as cidades que se encontra na superfície esquecida, como se fosse uma periferia abandonada. Nessas ruas as pessoas circulam com automóveis "antigos" e seu comércio é desenvolvido nas ruas, como na era medieval.

sábado, 25 de agosto de 2007

A cidade futurista

O filme ‘O quinto elemento’, retrata na paisagem uma diversidade de cores e elementos, de uma sociedade que vive em constante movimento, impondo novas barreiras espaciais de circulação e comunicação, no seu próprio dia à dia. O homem contemporâneo está submerso em dois tempos: o tempo da ‘matéria’, como corpo humano, e o tempo das imagens, como a comunicação, e a partir disso, eles não conseguem distinguir o seu lugar no espaço e no tempo.


As pessoas, a partir do desenvolvimento tecnológico, vêm interagindo cada vez menos entre elas, além de perderem o interesse da locomoção, já que essa tecnologia proporciona uma maior comodidade, favorecendo assim, uma redução do esforço humano na execução de tarefas, atrelado na diminuição do tempo e superando as distâncias. Nesse sentido, pode-se verificar o papel fundamental dos meios de transporte, como exemplo, a cena do filme citado, em que o personagem Korben Dallas pede em sua casa uma comida tailandesa, e é recebido na janela, já que o restaurante era um barco flutuante que faz entregas em domicílio.




Devemos estar preparado para o impacto em que as máquinas farão na constituição de uma nova paisagem visual nas cidades, como é possível ver em algumas cenas do presente filme. Esse impacto visual será algo inevitável daqui alguns anos, já que a verticalidade das edificações é uma realidade presente. As máquinas e suas tecnologias vêm afetando diretamente o crescimento das cidades em ambas as direções, trazendo benefícios e prejuízos às pessoas.



Os reflexos desses processos podem ser percebidos em diversos campos, como na arte, exemplo do futurismo, onde o arquiteto Sant’Elia e o grupo Archigram fizeram parte. Estes adotoram-se de uma nova arquitetura para uma nova era. Eles queriam uma arquitetura que empregasse novos materiais, mas usando as tecnologias mais recentes, e que fossem concebidas em torno das necessidades da vida moderna. Ademais, não se temiam romper todos os vínculos com a tradição e com os padrões estabelecidos, mas sim, as propostas tinham que sempre ter um caráter inovador e desafiador, a exemplo disso, comparando com os pensamentos deles, é notado na cena deste filme, quando aparecem os automóveis flutuantes.

O homem e a tecnologia - Metrópolis

Operários de cabeça baixa

O filme Metrópolis, do diretor Fritz Lang, ocorreu em um mundo ideal futurista e mecânico. A Metrópole representada no filme é proveniente de uma mecanicidade que permite ao homem entrar no imaginário que vetoriza os planos verticais como representação de desenvolvimento. A colagem da cidade anterior a Revolução Industrial, quando atingia seu ápice e a produção capitalista começava a entrar em declínio, o que ocasionava uma negatividade em relação ao futuro. Uma cena em que um edifício expulsa fumaça ou vapor é repetida no início do
filme como uma ebulição de desenvolvimento e no final uma explosão de decadência. Uma rebelião liderada por uma máquina (Hel) que domina o homem e põe a sociedade em caos.

Essa sociedade é dividida em classes: os senhores, considerados os “donos” da cidade, em contraponto os operários, oprimidos basicamente pelos sistemas das máquinas – vestidos de panos em cinza.

O longa mostra o dia a dia destes operários, uma vida monótona, escravizados pela tecnologia, todos eles com uma padronização específica, onde usam basicamente a mesma roupa, o mesmo capuz disfarçando o rosto, simbolizando a falta de identidade individual frente ao conjunto, transmitindo sua submissão à tecnologia e máquina do estado.



Fumaça ou vapor?
O tempo do filme e da cidade é baseado no tempo das máquinas. A primeira cena mostra um emaranhado mecânico sua relação com o relógio. A indústria põe-se a maquinária a ocupar um lugar importantíssimo na constituição de uma nova cidade e que acaba sendo mais importante que os próprios operários, tornando a relação do homem e tecnologia de extrema imposição e dependência.
Com o tempo a máquina vai substituindo o homem, pois é perfeita para a indústria de produção, vez que ela não se cansa, não precisa de alimentação, não exige nada, apenas manutenção financeiramente viável, não sonha, não tem salário e nem se rebela, parecendo ser realmente, o melhor substituto do homem, uma ameaça à sociedade. O inventivo humano, no filme representado por Hel, e sua ambição faz com que a criação de uma máquina domine o homem e contribua para a destruição da própria máquina.
Após toda rebelião quando se estabelece a paz, o homem sensível instaura união entre o operário e o cérebro - Mittler zwischer hirn und händen muss das herz sein!


Colagem















"Mão da massa"














O caos e a líder, Hel












O filme Metróplolis retrata exatamete a “Revolução Industrial”, em uma época futurista onde a classe proletariada estava sendo completamente dominada pelas máquinas, assim como, idealizava o grupo arquitetônico Archigram, o qual tinha uma visão futurista e anti-heróica, arrimada, tão somente, no avanço tecnológico, em demasia influenciado pelo arquiteto italiano Antônio Sant’Elia.
O grupo Archigram, vale destacar, foi um grande norteador para as obras modernas com tendências futuras, e.g., o high-tech de Norman Foster. Como se notou, o filme em tela mostrou-se em total consonância com o grupo citado e o arquiteto Antônio Sant’elia, apesar de se mostrarem presentes em épocas diferentes.