segunda-feira, 19 de novembro de 2007






Paris, a capital do século XIX

Quinze anos após 1822 surge a maioria das passagens de Paris, que dão início aos primeiros estabelecimentos com estoques de mercadorias, os magasins de nouveautés, que vão ser exatamente os precursores das lojas de departamento.
As passagens são consideradas o centro das mercadorias de luxo, representadas por galerias cobertas de vidro e com paredes revestidas de mármore, que compõe quarteirões inteiros, os quais os proprietários se juntarão para tal especulação. As lojas alinhadas uma com as outras, elegantes e que recebem pessoas de grande influência, se tornando outra cidade.
Com o surgimento dessas passagens, surgem também as construções de ferro, com intenção de contribuição para renovação da arquitetura no espírito da Grécia antiga, com isso, começam a usar vigas de sustentação para imitar as colunas pompeanas. O ferro surge como um material de construção artificial na história da arquitetura, ganhando impulso decisivo quando a locomotiva se evidencia através de experimentos e conclui-se que só poderia ser utilizada sobre trilhos de ferro.




Fourier viu nas passagens o cânone arquitetônico do falanstério, que se torna uma cidade feita de passagens. Originalmente para fins comerciais, em Fourier elas se transformam em residências.
A pintura fez com os panoramas a mesma coisa quando a arquitetura começou a emancipar-se da arte com a construção de ferro. O apogeu dos panoramas se deu juntamente com o surgimento das passagens. Nos panoramas desenham-se segundo a natureza, e na tentativa da reprodução da natureza, os panoramas abrem o caminho para, além da fotografia, ao cinema mudo e ao cinema sonoro.
Os panoramas se tornam uma expressão de um novo sentimento de vida, tentando inserir o campo na cidade, com a manifestação do habitante da cidade que possui certa superioridade política em relação ao morador do campo.
“A Europa se deslocou para ver mercadorias”, afirma Taine em 1855. As exposições universais idealizam o valor de troca das mercadorias. A glorificação das mercadorias e o brilho da distração que a cerca é o tema secreto da arte de Grandville.
As exposições universais criam o universo das mercadorias, transferindo o caráter de mercadoria, do imaginário de Grandville para o universo, como por exemplo, o anel de Saturno que se torna uma sacada de ferro fundido, na qual à noite os habitantes de Saturno tomam ar fresco.
“O Império está no auge de seu poder.” Paris é tido como um local de luxo e da moda, onde quem freqüenta é classe elitista. É onde podemos observar a oposição com outras cidades. Uma classe trabalhadora lutando pela sobrivência, enquanto a elite passeia nas passagens de Paris com roupas de grife e da moda, com sacolas cheias de objetos supérfluos, que às vezes nunca serão usados.

No ano de 1820 mais ou menos, com Luís Felipe no poder a classe dominante (a classe burguesa) com o apoio deste e com a revolução de julho de 1830 vai estimular a construção de ferrovias para melhorar seu capital em ações, acaba estimulando mais a economia do país, a burguesia “abre os olhos” e percebe que com essa nova construção outros objetivos vão ser alcançados, mas não percebem que com isso tudo vão virar “escravos” do próprio trabalho, vai pela primeira vez trabalhar em locais fechados, como escritórios, o homem burguês vai prestar contas à realidade, e que vai constituir o intérieur, que representa para o homem privado o universo, vai ser o refúgio da arte. O colecionador é o verdadeiro habitante do intérieur que não apenas é o universo, mas também o invólucro do homem privado. Habitar significa deixar rastros, mas que também os rastros do morador ficam impressos no intérieur.
Já o pensamento de Baudelaire à Paris ele esquece o “normal” e faz suas próprias críticas através de um flâneur. Ele não faz suas admirações e suas críticas através de poesias, faz através de um olhar alegórico que lança sobre a cidade, o olhar do homem que se sente ali um estranho, para ele é como se tudo aquilo que estivesse vendo é novo. Ele lança uma crítica dizendo que o que é único na poesia é o fato de que as imagens da mulher e da morte se interpenetram com uma terceira imagem, a de Paris, para ele ao mesmo tempo em que se tem uma Paris sensual, se tem uma Paris sem vida, aquela beleza que se encantava, agora já não tem mais, para ele o novo é uma qualidade independente do valor de uso da mercadoria, há sim suas arquiteturas belas, mas que hoje não passa de uma cidade um pouco “outdoor”, de propagandas, há muitas arquiteturas repetitivas, sem criação, o novo se perdeu, tudo que se faz na Paris é o que está na moda, não pelo prazer de criar a nova arquitetura, vão se repetir cada vez mais, o histórico verdadeiro ficou para trás, mas o que está na moda é uma arquitetura ‘pastiche’, repetida, ao invés de restaurar as arquiteturas que estão em decadência mostram como se fosse novo, exemplo parecido é o caso do Pelourinho mostram as arquiteturas como se fossem nova, só pintam, e o restauro não acontece.
Haussmann tem outro pensamento, para ele Paris tem que entrar numa política de regime de exceção, em 1864 expressa um ódio pela população da grande cidade, aumenta os aluguéis, fazendo com que a população de baixa renda morasse em subúrbios, isso fez com que surgissem as favelas, não só por falta de planejamento, mas também por isso.
Para compreender melhor as características da concepção do século XIX, era necessária fazer historia, pois corresponde em pontos de vistas diferentes, com relação aos fatos ilimitados. Tudo isso pode ser encontrados na “Historia da Civilização”, aonde diversas formas de vida e as criações da humanidade são relatadas de ponto aponto.
Nessa pesquisa procura-se mostrar uma seqüência da civilização, as formas de vida novas e as novas criações de base econômica e técnica, isso acaba entrando no universo da fantasmagoria. A fantasmagoria se encontra em diversas formas, com relação a civilização Haussmann e sua expressão manifesta nas transformações que ele realizou em Paris.
Já Blanqui revelou os traços terríveis da fantasmagoria, na qual, a sociedade seria uma figura condenada, incapaz de renovar a cidade.
A primeira condição favorável para o aparecimento das passagens foi o comércio têxtil, com o surgimento de lojas de departamentos, grandes vitrines, dão passagem para as pessoas admirarem as mercadorias. Essas passagens atravessavam quarteirões inteiros, com grandes galerias de vidro e mármores, além de uma luz ao alto, tornando as lojas mais luxuosas, tornando a cidade uma miniatura.
A segunda condição da passagem se dar com o desenvolvimento da construção metálica. O Fourier foi impulsionado com o surgimento das maquinas, isso acaba fazendo que ele introduza no mundo idílio colorido do estilo dos anos 1830. Nas passagens o Fourier ver um cânone do falansterio, na qual, é uma cidade feita de passagens. Um dos traços, mas notáveis da utopia fuorierista é a idéia da exploração da natureza pelo homem, tão difundida na época, que lhe é estranha.
As exposições universais são os centros de peregrinação ao fetiche da mercadoria, idealizam o valor das trocas delas. Seria no caso como, uma escola onde as multidões, forçosamente afastadas do consumo, se imbuíram do valor de troca das mercadorias a ponto de se identificarem.
A entronização da mercadoria e o esplender das distrações causadas por essas, eis o tema secreto de arte de Grandville, daí a disparidade de seu elemento utópico e seu elemento cínico. O Grandville estende a autoridade da moda sobre os objetos de uso diário tanto quanto sobre os cosmos, ele acopla o corpo vivo ao mundo inorgânico.
Para filipe, o homem privado faz a sua entrada na historia, o homem privado, os locais de habitação, encontram-se em oposição aos locais de trabalho. O interior é um asilo aonde se refugia a arte, o interior não é somente um universo do homem privado, mas também seu estojo, esconderijo.
Paris torna-se objeto de poesia lírica que tem como “alimento” (inspiração) a melancolia que a cidade é expressa a miséria dos futuros habitantes da metrópole em seu flâneur que busca o refugio na multidão numa fatasmagoria da cidade que aparece ora como paisagem ora como aposento.
A intelectualidade do flâneur é direcionado para venda, feito para encontrar um comprador, se transforma em folhetim devido as exigências do mercado. A indeterminação econômica corresponde a sua ambigüidade política. Figuras como exemplo notável o Blanqui com sua incomparável autoridade revolucionária se recrutam na Bohéme. Na qualidade do flâneur ser um arauto do mercado, Baudelaire é ao mesmo tempo um explorador da multidão. Uma multidão que embriaga-se de ilusões muito particulares. Uma fantasmagoria angustiante é manifestada através da presença de traços de um sujeito como aspecto de um tipo novo. Baudelaire desenvolveu em “Os Sete Velhos”, um poema do aparecimento de sete reiterado de um velho de aspecto repugnante em que um individuo é representado na sua multiplicação sendo testemunha de um angustia de cidadão de não mais poder, apesar da expressão de suas singularidades mais excêntricas, romper o circulo mágico do tipo. Para Baudelaire o novo é feito de uma fastamagoria do “sempre-igual”.
Na chave da forma alegórica de baudelaire, a mercadoria adquiri, devido o seu preço, uma significação especifica. Esse aviltamento singular das coisas vinculadas a um valor de preço é contrabalanceado a novidade que se torna o ultimo refugio da arte, com seu valor inestimável, não acessível a nenhuma interpretação nem comparação. O novo sendo assim uma qualidade do valor de uso da mercadoria. O novo na ultima viajem do flâneur, a morte. O ultimo poema das “Flores do Mal”, de Baudelaire, “A Viagem”: “Ó Morte, velho capitão, já é tempo! Levantemos a âncora!”. O ato de levantar ancora para um começo de uma nova viagem, para a descoberta, a novidade. Baudelaire expressa a coexistência de dois conceitos no titulo “Spleen e Ideal”, deste primeiro ciclo das Flores do Mal, em que a palavra mais velha e a mais nova da língua francesa estão unidas por preposição ‘e’. Sendo no sleen a ultima em data das transfigurações do ideal, e o supremamente novo é apresentado ao leitor como um “supremamente antigo”. Ele deu a forma mais rigorosa ao seu conceito do moderno. A arte que tem como conceito “beleza moderna” é nasce com a fatalidade de um dia ser antiguidade.
A atividade de Haussmann incorpora-se ao imperialismo napoleônico que favorece o capitalismo financeiro. Haussmann reforça sua ditadura e coloca Paris em regime de exceção no período de especularização em seu apogeu. Em 1964, num discurso na Câmara, Haussmann declara seu ódio às população instável das grandes cidades. Essa população aumenta constantemente devido a seus empreendimentos. A alta de alugueis expulsa o proletariado para os subúrbios, e como conseqüência os bairros de Paris perdem sua fisionomia própria. Assim é constituído o “cinturão vermelho” operário. Haussmann, o ‘artista demolidor’, como ele mesmo se auto-classifica, fez os mercados centrais (Les Halles) que são considerados a construção de mais sucesso do autor. Haussmann visto pelos parisienses como o autor de monumento do despotismo napoleônico. Em Cité, o berço da cidade, que após a intervenção de Haussmann, restou pouco aparelho publico: uma igreja, um hospital, um edifício publico e uma caserna. Os moradores da cidade não se sentem mais em casa; começam a ter consciência do caráter desumano da cidade grande.
A característica principal dos trabalhos de Haussmann era proteção contra a eventualidade guerra civil. Com a intenção de tornar sempre impossível a construção da barricadas nas ruas de Paris, Luis Filipe faz o calçamento de madeira. Haussaman no empreendimento chamado de “embelezamento estratégico” procurou previni-os de dois modos: a largura das ruas para impedir a construção de barricadas, e novas vias de ligação em linha direta as casernas aos bairros operários.
O ideal para Haussman era abertura de longas fileiras de ruas como idéia de enobrecimento para a época, século XIX. A avenida de L’ Opera que segundo a expressão maliciosa da época, abre a perspectiva do cubículo da zeladora do Hotel du Louvre, deixa ver com quão pouco se contentava a megalomania do prefeito. Haussmann de Paris a fantasmagoria se fez instaurou.
A barricada foi ressuscitada pela Comuna para barrar os grandes boulevards. “Assim como o Manisfesto Comunista fecha a era dos conspiradores profissionais, a Comuna põe fim à fantasmagoria que domina as primeiras aspirações do proletariado”. Um entusiasmo acontece com a Comuna, ganha uma causa operaria os melhores elementos da burguesia, porem leva os operários a sucumbirem diante de seus elementos mais vis. O incêndio de Paris dá acabamento da obra de destruição do Barão de Haussmann.
Blanqui durante o período de prisão no forte do Taureau, no período da Comuna, escreveu Eternité par les Astres. O livro explicita uma ultima fatasmagoria do século, uma cósmica, imaginaria, e critica a todas as fantasmagorias. Sua concepção do universo é uma concepção do inferno. Em que a sociedade toma conta de uma submissão sem reserva aos resultados. Assim Blanqui se preocupa em traçar uma imagem do progresso que – antiguidade imemorial, exibindo se vestido numa roupa de ultima novidade – revela-se como fantasmagoria da própria historia ele em si.
“(...) Todo astros, qualquer que seja, existe portanto em numero infinito no tempo e no espaço, não apenas sob um de seus aspectos, mas tal como se encontra, em cada segundo de sua duração, do nascimento à morte (...)” Tendo então cada ser humano eterno enquanto si. O numero dos sósias seria infinito como o tempo. Os soias não como em carnes e osso, não como fantasmas, é uma atualidade eternizada. Trechos do livro de Blanqui deixam claro suas posições quanto a “eternidade do homem” e sua visão sobre o universo.
Como ultima palavra diz o revolucionário que o século não soube responder as novas virtualidades técnicas com uma nova ordem social. Por isso foi-se um mundo dominado por fantasmagorias, como o termo de Baudelaire, a modernidade. E Blanqui faz entrar na modernidade o universo inteiro, a novidade lhe aparece como atributo domínio da danação.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Berlim

Berlim uma cidade aonde foi palco de diversos acontecimentos
que marcaram a história mundial de seu pais, vem se reformulando, após os bombardeios sofridos na segunda guerra mundial. A cidade hoje é uma das mais importantes no cenario politico e vem se destacando tambem com sua arquitetura moderna.
Essa arquitetura que consegue se destacar em seu entorno, mas tambem se interliga com arquitetura antiga existentes no local, essa interação é bastante visivel em diversas obras na cidade de Berlim, ja que algumas obras arquitetônicas tiverão que ser reconstruidas, restauradas, após terem sofrido danos na segunda guerra mundial, e foi assim que muitas ganharam um maior destaque apos sua restauração.
Uns elementos importantes são as inserções de conjuntos habitacionais na cidade, na qual suas obras são de arquitetos importantes, aonde as fachadas são bem trabalhadas, são inseridos
em locais com bastante areas verdes, trazendo um ambiente de tranquilidade. Um fator importante que o arquiteto indaga em seu video são no caso, que tipo de elementos serão inseridos em espaços urbanos aonde estão "desocupados", no caso as antigas fabricas, o que serão feitas naqueles locais aonde a arquitetura industrial deixou um rastro importante, mas que ao mesmo tempo sua funcionalidade foi perdida.

Barcelona

O arquiteto Ricardo Bofill, irá mostrar a cidade de Barcelona, na qual a capital é a Catalunha, que esta localizada ao longo da costa do Mediterraneo. Barcelona vem buscando a uniao da cidade antiga com a nova, no conceito deles, a cidade precisa ser funcional, oferencendo toda uma infra-estrutura para suprir suas necessidades. A cidade sempre estará em movimento, crescendo, mas que isso ocorra de uma maneira desordernada.
Barcelona vem sofrendo nos ultimos, uma reformulação na sua cidade, com acrescimo de novos elementos arquitetônicos e novos traçados na sua cidade. Essas intervenções urbanas vem sendo estruturas para que haja uma interação com o antigo, alem que os quarteroes sejam preenchidas de maneiras que possam facilitar o fluxo de pessoas e que nao haja interferencia no fluxo do ar, alem de alguns lugares possam ser inseridos novos parques e areas verdes.

Roma

A arquiteta Odile Decq vai nos mostrar Roma, a capital da Italia. Um cidade milenar, onde possui uma arquitetura vasta e histórica. Roma se desenvolve nas margens do Ria Tigre, e é considerado uma cidade caotica, pela falta de planejamento, suas ruas nao seguem uma trajetoria linear, seu traçado é natural e com isso, as esquinas se destacam com supresas ao se virar.

Roma tambem se destaca pela sua diversidades arquitetonicas e pela mistura do "novo" com o antigo, esse constrate é possivel se visualizar nas ruas de Roma, e em algumas praças. Essa arquitetura moderna que vem sendo implatado em Roma, respeita seu entorno, dando uma nova cara a cidade mas sem tirar aquela beleza histórica que ela possui. Suas praças são locais de bastante convivio, em areas abertas e grandiosas, e a maioria com elementos arquitetonicos marcantes.
Um fator interessante que Roma possui são suas vistas, esses pontos focais sao bastantes expressivos nas coberturas das edificações, nos coberturas-jardins, pois as edificações, a grande maioria são "baixas" e com isso, é possivel se apreciar as vistas de grandes edificações e monumentos nos telhados das casas de Roma.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007






Christian de Porizomparc e Elizabeth Porizomparc apresentam com outra visão a cidade do Rio de Janeiro. No Rio há uma Baía de Guanabara, o mar. Ao longo do oceano há o relevo, característica do Atlântico, os morros, e este morro quando encontram com o mar se transformam em planície ou picos, há as baías um relevo muito particular desengonçado, dançante, assimétrico e bem vertical. Avenida Presidente Vargas, a Candelária são calçadas com grandes pórticos para passear, há também grandes prédios de diferentes épocas. Em 1963 Le Corbusier fez o prédio que abriga o Museu da Educação e da Cultura, prédio importante para a história da arquitetura e um prédio que é como uma fusão que vai ser p ponto de partida de uma arquitetura de grande qualidade , uma das melhores arquiteturas modernas do século XX. Pico da Concórdia, uma grande montanha com vegetação que termina num grande pico e há picos secundários, o famoso Pão de Açúcar, o Dois Irmãos, e vários outros, o Rio é uma cidade com vários cômodos. Na zona sul, Copacabana a praia mais célebre da cidade foi urbanizada nos anos 30, no século passado os arquitetos urbanistas tinham a capacidade de ver as coisas de outra maneira, a inspiração foi a beleza da natureza, que os encantava. No Leblon é um bairro característico dos anos 60 e 70, em Ipanema é década de 50, na beira do mar encontra diversas arquiteturas que é uma coisa é uma coisa magnífica da cidade, os diferentes blocos refletiam os diferentes momentos,as diferentes épocas. No coração da cidade(o outro lado) um bairro pobre, a Rocinha uma das maiores favelas do rio, nela se vê a engenhosidade humana coletiva, que constrói um grande organismo, e bom ver que esta fora da cidade urbanizada, organizada fora da lei e do direito, é uma cidade ilegal, tudo é feito no improviso, na solidariedade das pessoas e há a violência também, Essa arquitetura é um mito que fascina, é a idéia da autoconstrução, cada um faz sua casa é uma utopia em nossa sociedade que é extremamente regulamentada, o urbanismo existe há um equilíbrio entre esta multidão de indivíduos e uma regra pública.


Roland Castro mostra a cidade de Paris, uma arquitetura gloriosa da era dos grandes reis. Ele revela seus espaços verdes e casas de operários hoje habitadas pela classe média, ele mostra também a “outra” Paris. Tudo começa com o rio e é onde vê de maneira clara que o essencial da vida pública que se organizou em volta do rio, é como uma avenida a mais, tudo se constrói através do Sena os mais conhecidos são o Palácio de Charllote, a Torre Eiffel, a Escola Militar, os Invalides, a grand Paris, o Patit Palais, a Praça Beauveau, a posição da concorde da Madeleine, a Assembléia Nacional. Bairro de Chailol a colina de mil museus. O Sena funciona como um lugar, onde o céu nasce perpendicular a ele. Palácio do Louvre, a fortaleza dos reis da França, a grande biblioteca se irrita, ela entristece um pedaço de Paris, o Champs Elysées é um pouco exagerado e bem reconhecido, o Sena poderia ser um sistema de transporte, mas Paris não é só o Sena, longe de ser uma planície tem uma topografia com cinco colinas, algumas com mais de cem metros, tem o telégrafo, o ponto mais alto de Paris. O espaço público é bem cuidado, a cidade é salva pelo gênio Alfan, as avenidas são cheias de árvores, tirar elas Paris será triste há um trabalho sério e bricolagem, grandes avenidas com bricolagens. Há uma arte de acomodar parques nos jardins e muitas galerias , quando se descobre Paris vê-se muitas construções pequenas e muitos charmosas.Paris é uma cidade que foi muitas vezes reconstruída, passou por vários mudanças, mas se preservou. É uma cidade muito concentrada uma das mais densas do mundo. Pode-se ter uma certa privacidade, Paris é uma cidade extremamente desenhada que sofreu cortes não apenas sob Haussmann, buracos feitos, não há figuras rígidas da organização urbana.
Roueïda Ayache percorre além de Dubai, Manama e Doha, três majestosas cidades do arquipélago de Bahrein . Bahrein um arquipélago de 36 ilhas, Muharraq é uma dessas ilhas, onde foi a capital de Bahrein no século XIX, na época da grande prosperidade do comércio da pérola. Uma das arquiteturas apresentadas por Roueïda foi a casa do Xeque Isso, que foi governador do Bahrein na época. As entradas de ar que são necessárias para a ventilação são protegidas por grades de madeira. As grandes casas do Golfo são organizadas em 2 andares, o primeiro andar é reservado ao inverno e no verão,o segundo andar usa-se para dormir às vezes. Em torno do pátio se organiza a vida do cotidiano , há também como elemento importante o poço, porque a água é escassa. Outro elemento importante é o majlis que á sala central, é bem climatizada naturalmente graças a bagalir(torre de ventilação), uma construção dividida em quatro partes que permite captar o vento em qualquer direção. Uma ponte na cidade liga Muharraq a Manama, que se encontra em Bahrein a ilha principal e há a construção de uma outra ponte que liga as ilhas à Arabia Saudita. Nos países do Golfo a particularidade e o charme são a coexistência da tradição e da hipermodernidade, ver isso em Manama, Doha, Dubai, a cidade oferece duas possibilidades ao mesmo tempo. A praça central com a mesquita e a torre e ao lado dela há uma outra torre que é muito alta. Os edifícios tem leveza, transparência, sendo que no interior é climatizada e um fenômeno importante nas cidades do Golfo é o aumento do território. A praça do museu é bastante agradável, os europeus sempre esperam construir ruas com praças, baseando na cidade européia. O Qatar quer se tornar um centro de atração para estudantes e artistas do mundo inteiro. O que caracteriza Dubai é a calheta, onde a água entra bastante no interior da cidade e tem a calheta, que vai permitir na formação da cidade de Dubai. A maioria dos prédios da cidade velha remonta no século XIX, antigamente as principais atividades eram a pesca e a cultura de pérolas e não o petróleo e o gás como hoje. O Bury Al Arab, a conhecida torre dos árabes tem 300m de altura. O arquiteto responsável foi Atkins que quis mostrar o luxo, a sofisticação e grandeza da alteza é uma verdadeira encenação.