sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Uma Nova Pequim

Pequim é uma cidade chinesa, na qual representa a capital da republica popular, cujo tem no nome o significado de Capital do Norte. Possui no seu territorio cerca de 10,3 milhoes de habitantes. É uma cidade histórica e cultural, mas com um grande polo industrial.

Nos ultimos anos, Pequim sofreu importantes problemas urbanos, como congestão do tráfego, contaminação do ar, destruição do patrimônio histórico e a grande invasão de imigrantes de diversos paises.

Após ser escolhida como sede das olimpíadas de 2008, Pequim olha mais os meios, para reabilitar as suas infra-estruturas no domínio do meio ambiente e do controle da poluição. Até 2007, a capital da China prevê investir mais de 12 milhões de dólares (mais de 13 mil milhões de euros) na promoção de um desenvolvimento sustentado e em proteção ambiental, dos quais um terço em combustíveis limpos, controlo de emissões de gases, tratamento de águas e detritos sólidos.

Com objetivos bastantes ambiciosos, Pequim prevê melhorias nas emissões de gases poluentes, construção de mais cinco linhas de metro, entre as quais o Metropolitano Olímpico, com uma extensão de 28 quilômetros e um total de 24 estações, percorrendo dez das áreas mais movimentadas dos subúrbios da capital, além de um vasto plano de arborização em torno da cidade, criando um grande cinturão verde nas áreas olímpicas.

Erguem-se também apartamentos de luxo, shopping centers, escritórios, um novo sistema de distribuição de água, um terminal para o aeroporto e cinco novas linhas de metrô.

O custo para a China dos Jogos Olímpicos está estimado em US$ 30 bilhões. Cerca de 300 mil casas estão sendo construídas em torno de 70 novos centros de treinamento e estádios, espalhados pelo país. Para garantir o fornecimento de madeira, Pequim instalou seu próprio complexo industrial de madeira na Indonésia. Um museu de tecnologia e ciência está quase pronto na capital do país, ocupando 48 mil metros quadrados.

Uma das estratégias chinesas para potencializar sua influência planetária é tentar usar a cultura local. A China vai instalar, em 2007, o Instituto Confúcio, o primeiro centro de cultura estrangeiro chinês no exterior.
O novo aeroporto internacional de Pequim será a principal entrada para a cidade quando chegarem os atletas e visitantes provenientes de todo o Mundo para os 29º jogos olimpicos em 2008.

O Estádio Nacional de Pequim (também conhecido como Estádio Olímpico de Pequim ou Ninho de Pássaro) é um estádio em construção na cidade de Pequim, na China. Será palco das Cerimônias de Abertura e Encerramento dos Jogos Olímpicos 2008.

Começou a ser construído em Dezembro de 2003 e terá capacidade para 91.000 torcedores durante os Jogos e 80.000 após as Olimpíadas.

Alem do Estadio Nacional de Pequim, outros estadios de alta tecnologia estão sendo construidos para receber as olimpiadas de Pequim 2008.














Os Jogos Olímpicos de 2008 são a plataforma de lançamento da nova China. Funcionários da construção civil em Pequim trabalham dia e noite no Estádio Nacional, cuja forma lembra um dorso de pássaro, e no espetacular ginásio de natação, com suas paredes de vidro e fontes de água. Nesse espaço, os visitantes vão sentir como se estivessem no nível do mar.

Centro Nacional de Natação

Em agosto de 2003 o escritório australiano PTW ganhou a concorrência internacional para o Centro Aquático para as Olimpíadas de Pequim. A disputa contou com a participação de 10 outros grandes escritórios internacionais de arquitetura. O projeto ganhador foi desenvolvido em associação com a empresa Arups Engenharia, China State Construction and Engineering Corporation (CSCEC) e Design Institute. O projeto conhecido como "Water Cube" tem sua estrutura desenvolvida a partir da estrutura da bolha de sabão, uma inovação para a arquitetura.







A estrutura do Centro Nacional de Natação está baseado na subdivisão mais eficiente do espaço tridimensional. Esse padrão é extremamente comum na natureza sendo a organização fundamental de células orgânicas, a estrutura cristalina encontrada nos minerais e a formação natural das bolhas de sabão.





O Centro Nacional Olímpico de Natação em Beijing, com extensa utilização da energia solar térmica para aquecimento das águas, captação da água da chuva e sua armazenagem subterrânea para posterior aproveitamento e a própria reciclagem e depuração da mesma para abastecimento das piscinas. Têm um invulgar sistema de suporte estrutural baseado em superfícies minimizadoras de tensão superficial que vai revolucionar o aspecto e design dos edifícios actuais. Abre em 2008.

O futuro teatro nacional em Beijing, pronto em 2008, com uma filosofia “aberta” onde o público pode ter uma ideia do espectáculo no exterior. Com Casa de Ópera, Sala de Concertos e de Teatro. Um investimento na cultura nacional.Aliado a um fulgor económico e mega-empresarial, a China consegue aliar esta transformação radical com o preservar da sua cultura, promovendo as artes milenares e os recursos naturais.
Com todo esse anteparo, a China se prepara para receber as Olimpiadas de Pequim, que ao que tudo indica não deixará os turistas decepcionados.

Crítica

Uma competição globalizada de máquinas de poder e mídia. Não seria diferente uma população com a antiga pirâmide social composta por poucos ricos e milionários no topo, classe trabalhadora no meio e a maioria na base, os pobres. É...não seria diferente! “Apenas” ¾ da população passa fome. E ainda tem “um monte” de caras ridículas que compram projetos trilhionários para demonstração de poder e capitalismo. Numa regência de acumulação de capital não seria diferente uma sociedade glorificar a Olimpíada. E onde surgiu a Olimpíada? Na Grécia, uma competição entre povos que põe todos uns contra os outros. Para que serve a Olimpíada? Para matar a fome do mundo de comida ou matar a fome da economia? “Isso é que é vida: viver para ganhar e perder, mostrar a potência do seu país ou a pátria amada”. Seria essa uma grande função? Seria isso que ajudaria o mundo? Mostrar, ganhar, potencializar, projetar arquitetura cenográfica do capitalismo tecnológico. “Ah... vamos resolver a fome e a desigualdade do mundo com nossos jogos Olímpicos.” Os estádios feitos com estruturas imponentemente estéticas valorizadas nos dias atuais com muita tecnologia e “bufunfa” para construir, cheios de pessoas direcionadas a um único centro observando atentamente e ansiosamente, muito vibrantes para o vencimento de um único ouro e duas medalhas de consolação, mas com muitos perdedores. A maioria dos jogadores olímpicos comemora a vitória ou a derrota? É um espelho de uma sociedade atual impluralista e individualista que mostra os poucos que vencem, os poucos que comemoram, os poucos que ganham. Será que o sistema feudal acabou? Hoje transferimos o ‘muramento’, o isolamento, das cidades para nossas próprias casas, e as torres dos castelos para nossos prédios, onde monitoramos de cima ou nos escondemos da relação com a rua. Uma arquitetura de política de pão e circo, um caos das misturas de precedências de ordens de maquinas do poder.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Cidade-Colagem

Cidade-colagem um livro de Colin Rowe e Fred Koetter escrito em 1973 e publicado em 1978, no qual se desenvolveu uma das teorias urbanas norte-americanas de maior influência no pós-modernismo. A partir de uma pesquisa realizada em Roma , pelo grupo de alunos e professores da Universidade de Cornell, onde observou-se a presença da figura e fundo como instrumento de análise urbana.
O valor do espaço urbano se modifica de acordo com os princípios e costumes de uma sociedade. As praças, os espaços públicos, os locais mal iluminados e abertos hoje ganham uma mediação de insegurança e perigo. No texto citado diz em um dos parágrafos “a arquitetura moderna havia invertido a proporção entre espaço ‘livre’ e espaço construído”.
No texto os autores deixam bem claro que as palavras ‘nostálgico’ (preservação de memória) e ‘profético’ (futuro de uma cidade), influenciam nas transformações das cidades modernas, uma cidade moderna pode significar uma arquitetura que não segue um estilo, podendo ser variada de acordo com o tempo e o espaço, sendo que essas palavras anunciam os saberes e deveres de uma cidade, o que ela representa ou irá representar. A arquitetura desde sempre servia como um princípio, uma relação de comunicação, e hoje vemos diversos tipos de arquiteturas, claramente. A cidade tem seus espaços, ruas, casas, edificações, etc que acaba transformando-a em espaço estriado, com ‘estrias’ distinguindo onde está cada localização.
A Villa Adriana, cidade projetada por Adriano, é uma espécie de Roma em miniatura. Um lugar diversificado, contendo vários elementos de diferentes lugares, portanto podemos dizem que ela se caracteriza como uma cidade colagem. Enquanto Versalhes projetada por Luís XIV segue um único estilo, um único viez.
Assim como Giovanni Battista, que segundo ele a cidade vai ser constituída a partir da reconstituição de objetos, criando uma Roma ‘nova’, e Le Corbusier, onde este determina que todo tecido projetado perde o sentido muno lógico, e a solução da cidade fosse favorecido para os fluxos, para os automóveis, a cidade- colagem (futuro- colagem) significado desta é figura-fundo, abertura de vias , passagens amplas de que a forma pega as figuras e a insere na cidade.
Não podemos esquecer de relacionar a E-topia com o texto, onde este significa imaginar que dentro da cidade comum, haverá delimitação das estrias contemporâneas perceber que o espaço (cidade vinculada) traça o urbanismo invisível claramente há a interpretação de cidades sobre o solo, é possível que a partir de um mínimo sistema se “ver”a cidade, ter dominação a ela. As próprias arquiteturas dão margens a esse limites, a essas tecnologias do futuro, o monumento da comunicação, a arquitetura marca os espaços e faz acontecer uma monumental idade de espaço. E essa idéia de bricolagem é uma forma de arte muito criativa, no qual qualquer um pode tentar fazer algo a partir de objetos que no final tomarão formas abstratas ou reais, ou seja, uma colagem de objetos diferentes, possuindo uma própria estratégia para usar de forma criativa materiais existentes.
Nossa conclusão e interligação com o movimento moderno em relação ao desenho moderno:foi nos anos 60 que apareceram as primeiras críticas ao que era preconizado pelo Movimento Moderno para a Arquitetura e o Urbanismo. Lynch, Rapoport, Noberg-schulz, Rossi, Krier foram arquitetos críticos do pós-moderno, segundo eles as atenções principais no sentido de novas posturas e metódos em desenho urbano concentravam-se, no início dos anos 60, eles não exatamente criticava o Modernismo, mas a chamaria a atenção para novas categorias de análise e atuação sobre a forma urbana ao introduzir a participação maior do usuário através da investigação no campo da psicologia. Eles entendem o Desenho Urbano como a organização das variáveis espaço, tempo significado e comunicação, destacam a noção de "espaço existencial" e a fenomenologia da Arquitetura em busca da produção do "lugar" com toda sua carga de significados através dos tempos. Igualmente importante foi a noção do texto que estamos falando(cidade-colagem), onde os autores(Rowe e Koetter) afirmam que "...a cidade da arquitetura moderna, tanto como produto psicológico quanto como modelo físico, tornou-se tragicamente ridícula". Baseiam-se seu argumento no que acreditam ser objetivos divergentes do arquiteto moderno, como atender ao mesmo tempo à "ciência" e ao "povo", ao "despotismo da ciência" e à "tirania da maioria". Apresentam a noção da cidade moderna como depositária da "desilusão construtiva" e buscam no urbano a valorização de contrastes como entre simples e complexo, ordem e desordem, inovação e tradição.
Nesse blog vamos tratar de assuntos discutidos na disciplina História e Teoria do Urbanismo I, com o Professor Joaquim. Nosso primeiro debate será a relação entre os filmes Caçador de Andróides, Metropólis e O quinto elemento fazendo uma crítica relacionada com o arquiteto Antonio Sant´Elia e o movimento Archigram.