segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Cidade-Colagem

Cidade-colagem um livro de Colin Rowe e Fred Koetter escrito em 1973 e publicado em 1978, no qual se desenvolveu uma das teorias urbanas norte-americanas de maior influência no pós-modernismo. A partir de uma pesquisa realizada em Roma , pelo grupo de alunos e professores da Universidade de Cornell, onde observou-se a presença da figura e fundo como instrumento de análise urbana.
O valor do espaço urbano se modifica de acordo com os princípios e costumes de uma sociedade. As praças, os espaços públicos, os locais mal iluminados e abertos hoje ganham uma mediação de insegurança e perigo. No texto citado diz em um dos parágrafos “a arquitetura moderna havia invertido a proporção entre espaço ‘livre’ e espaço construído”.
No texto os autores deixam bem claro que as palavras ‘nostálgico’ (preservação de memória) e ‘profético’ (futuro de uma cidade), influenciam nas transformações das cidades modernas, uma cidade moderna pode significar uma arquitetura que não segue um estilo, podendo ser variada de acordo com o tempo e o espaço, sendo que essas palavras anunciam os saberes e deveres de uma cidade, o que ela representa ou irá representar. A arquitetura desde sempre servia como um princípio, uma relação de comunicação, e hoje vemos diversos tipos de arquiteturas, claramente. A cidade tem seus espaços, ruas, casas, edificações, etc que acaba transformando-a em espaço estriado, com ‘estrias’ distinguindo onde está cada localização.
A Villa Adriana, cidade projetada por Adriano, é uma espécie de Roma em miniatura. Um lugar diversificado, contendo vários elementos de diferentes lugares, portanto podemos dizem que ela se caracteriza como uma cidade colagem. Enquanto Versalhes projetada por Luís XIV segue um único estilo, um único viez.
Assim como Giovanni Battista, que segundo ele a cidade vai ser constituída a partir da reconstituição de objetos, criando uma Roma ‘nova’, e Le Corbusier, onde este determina que todo tecido projetado perde o sentido muno lógico, e a solução da cidade fosse favorecido para os fluxos, para os automóveis, a cidade- colagem (futuro- colagem) significado desta é figura-fundo, abertura de vias , passagens amplas de que a forma pega as figuras e a insere na cidade.
Não podemos esquecer de relacionar a E-topia com o texto, onde este significa imaginar que dentro da cidade comum, haverá delimitação das estrias contemporâneas perceber que o espaço (cidade vinculada) traça o urbanismo invisível claramente há a interpretação de cidades sobre o solo, é possível que a partir de um mínimo sistema se “ver”a cidade, ter dominação a ela. As próprias arquiteturas dão margens a esse limites, a essas tecnologias do futuro, o monumento da comunicação, a arquitetura marca os espaços e faz acontecer uma monumental idade de espaço. E essa idéia de bricolagem é uma forma de arte muito criativa, no qual qualquer um pode tentar fazer algo a partir de objetos que no final tomarão formas abstratas ou reais, ou seja, uma colagem de objetos diferentes, possuindo uma própria estratégia para usar de forma criativa materiais existentes.
Nossa conclusão e interligação com o movimento moderno em relação ao desenho moderno:foi nos anos 60 que apareceram as primeiras críticas ao que era preconizado pelo Movimento Moderno para a Arquitetura e o Urbanismo. Lynch, Rapoport, Noberg-schulz, Rossi, Krier foram arquitetos críticos do pós-moderno, segundo eles as atenções principais no sentido de novas posturas e metódos em desenho urbano concentravam-se, no início dos anos 60, eles não exatamente criticava o Modernismo, mas a chamaria a atenção para novas categorias de análise e atuação sobre a forma urbana ao introduzir a participação maior do usuário através da investigação no campo da psicologia. Eles entendem o Desenho Urbano como a organização das variáveis espaço, tempo significado e comunicação, destacam a noção de "espaço existencial" e a fenomenologia da Arquitetura em busca da produção do "lugar" com toda sua carga de significados através dos tempos. Igualmente importante foi a noção do texto que estamos falando(cidade-colagem), onde os autores(Rowe e Koetter) afirmam que "...a cidade da arquitetura moderna, tanto como produto psicológico quanto como modelo físico, tornou-se tragicamente ridícula". Baseiam-se seu argumento no que acreditam ser objetivos divergentes do arquiteto moderno, como atender ao mesmo tempo à "ciência" e ao "povo", ao "despotismo da ciência" e à "tirania da maioria". Apresentam a noção da cidade moderna como depositária da "desilusão construtiva" e buscam no urbano a valorização de contrastes como entre simples e complexo, ordem e desordem, inovação e tradição.

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